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Clayton Ferreira

Violência Doméstica: Como Identificar, Agir e Recomeçar com Segurança

  • Foto do escritor: Clayton Ferreira
    Clayton Ferreira
  • 8 de jan.
  • 4 min de leitura

Violência Doméstica: Como Identificar, Agir e Recomeçar com Segurança

Muitas mulheres vivem em silêncio, acreditando que a violência que enfrentam faz parte de um relacionamento “difícil” ou “normal”. Mas a verdade é que nenhum tipo de violência deve ser tolerado. Seja física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial, a violência doméstica é um problema grave, mas existe solução, acolhimento e justiça.

Neste artigo, vou te explicar como identificar os sinais de violência, entender o perfil do agressor, e, mais importante, os caminhos legais e práticos para se proteger e recomeçar sua vida.

Conheça a História de Ana


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Ana (nome fictício), 38 anos, é mãe de dois filhos pequenos e viveu um casamento abusivo por mais de 10 anos. O marido, Marcos, um empresário respeitado, a isolava de amigos e familiares, controlava suas finanças e frequentemente a humilhava, dizendo que ela era “incapaz de criar os filhos sozinha”. Quando Ana começou a perceber os abusos, ela ainda acreditava que ele “mudaria” e que “fazer tudo pelo bem da família” era sua obrigação.

Como muitas mulheres, Ana não sabia que o controle financeiro, a humilhação e o isolamento eram formas de violência previstas na Lei Maria da Penha. O ciclo parecia impossível de romper até que ela buscou ajuda em uma Delegacia da Mulher e entendeu que tinha direitos. Hoje, Ana está reconstruindo sua vida com dignidade e segurança.

O Perfil do Agressor: Por Que Ele Age Assim?


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Os agressores geralmente apresentam comportamentos e perfis que seguem padrões psicológicos e sociais. É essencial entender como eles agem para que as mulheres consigam identificar os sinais e se proteger.

1. Manipulador e Controlador


Comportamento: Faz uso de chantagem emocional, isolando a mulher de amigos e familiares.

Por que age assim?: Ele sente que precisa de controle absoluto para manter o poder na relação. Essa manipulação é uma forma de camuflar sua insegurança e medo de abandono.

Exemplo: “Não vai visitar sua mãe, ela só coloca coisas erradas na sua cabeça.”


2. Narcisista


Comportamento: O agressor narcisista usa a desvalorização da parceira para se sentir superior. Ele culpa a mulher por tudo e exige ser admirado constantemente.

Por que age assim?: Ele acredita que sua necessidade de validação é mais importante do que os sentimentos da mulher.

Exemplo: “Você nunca faz nada direito. Ainda bem que tem a mim, ou estaria perdida.”


3. Agressor Impulsivo


Comportamento: Explode emocionalmente e recorre à violência física ou verbal para “resolver” problemas.

Por que age assim?: Geralmente, falta de controle emocional e educação sobre como lidar com conflitos.

Exemplo: “Se você tivesse ficado calada, nada disso teria acontecido.”


4. Provedor que Usa Finanças como Arma


Comportamento: Controla todo o dinheiro e nega autonomia financeira à parceira.

Por que age assim?: Ele acredita que a dependência financeira da mulher o torna indispensável na relação.

Exemplo: “Eu pago tudo aqui. Você não tem o direito de reclamar.”


Os Sinais que Não Devem Ser Ignorados

Muitas vezes, as mulheres não percebem que estão sendo vítimas de violência porque os sinais podem parecer “normais”. Aqui estão os mais comuns:


Frases como:

“Você não precisa trabalhar, eu sustento a casa.”

“Se acabar, você sai com a roupa do corpo.”

“Ninguém mais vai te querer do jeito que você é.”


Ações como:

Isolamento de amigos e familiares.

Controle total de contas bancárias e acesso a recursos financeiros.

Explosões de raiva seguidas por pedidos de desculpas.

Destruição de objetos pessoais como forma de intimidação.


O Que Fazer Quando Identificar a Violência?


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Se você está vivendo em um ciclo de violência, saiba que existem órgãos e ferramentas para te ajudar. Aqui estão os passos fundamentais:


  1. Busque Ajuda Imediatamente

Procure uma Delegacia da Mulher, ligue para o Ligue 180 ou busque um Centro de Atendimento à Mulher na sua região.


  1. Documente Tudo

Guarde mensagens, gravações e qualquer prova de agressão ou ameaça. Isso será fundamental no processo jurídico.


  1. Medidas Protetivas

A Lei Maria da Penha garante que você pode solicitar medidas protetivas para afastar o agressor, restringir o contato e proteger sua família.


  1. Busque Apoio Psicológico e Jurídico

É essencial tratar os traumas com profissionais especializados e contar com um advogado para garantir seus direitos.


Órgãos de Apoio e Assistência


Delegacias da Mulher: Espalhadas pelo Brasil, especializadas no atendimento às vítimas de violência doméstica.

Ligue 180: Central de atendimento para orientação e encaminhamento.

Casas da Mulher Brasileira: Presentes em algumas capitais, oferecem apoio jurídico, psicológico e social.

Defensoria Pública: Ajuda gratuita para quem não pode pagar por um advogado particular.


Minha Missão com Você

Eu sou Clayton Ferreira, advogado com 12 anos de experiência em Direito Criminal e especialista na Lei Maria da Penha. Minha missão é garantir que nenhuma mulher precise enfrentar a violência sozinha. Quero te ajudar a recomeçar com segurança e justiça.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando um relacionamento abusivo, me siga no Instagram e no YouTube, onde compartilho informações e dicas para você se proteger.


Se precisar de ajuda agora, chame no WhatsApp. O link está na bio.

Juntos, vamos transformar histórias e construir um futuro onde todas as mulheres possam viver com dignidade e segurança.

 
 
 

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