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Clayton Ferreira

O que diz a nova Lei Maria da Penha?

  • Foto do escritor: Clayton Ferreira
    Clayton Ferreira
  • 8 de jan.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 8 de jan.

A Lei Maria da Penha, desde sua criação em 2006, tem sido um marco na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil. Recentemente, importantes atualizações foram feitas para ampliar ainda mais o alcance e a eficácia dessa legislação. Estas mudanças têm como objetivo oferecer maior segurança, suporte e direitos para as mulheres, além de acompanhar os novos tipos de violência que surgem na sociedade moderna, como a violência digital.


Neste blog, vou explicar o que diz a nova Lei Maria da Penha, o que mudou e como essas atualizações podem transformar a vida das mulheres.


Entendendo a Lei Maria da Penha

A Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, foi criada para prevenir, punir e erradicar a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela define cinco tipos de violência:

Física: Agressões que causam dor ou lesão.

Psicológica: Chantagens, humilhações e ameaças que abalam o emocional.

Sexual: Obrigar a mulher a participar de atos sexuais contra sua vontade.

Patrimonial: Danos ou retenção de bens e dinheiro da mulher.

Moral: Calúnia, difamação e injúria.

A lei também estabelece medidas protetivas de urgência, atendimento especializado e direitos fundamentais para que a vítima possa romper o ciclo de violência.

Com as recentes alterações, esses direitos foram ampliados e melhorados, tornando a legislação ainda mais eficaz.


O que diz a nova Lei Maria da Penha?


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Atendimento e acolhimento mais humanizado

Agora, a nova lei reforça que as mulheres devem receber atendimento integral e humanizado, com suporte jurídico, psicológico e social.


Exemplo prático: Mulheres que precisam de acompanhamento psicológico para superar o trauma da violência têm garantia de acesso a programas de apoio, muitas vezes em parceria com centros de atendimento especializados.


Ampliação das medidas protetivas

Uma das principais atualizações permite que as autoridades policiais concedam medidas protetivas de urgência em casos de risco iminente, sem depender de autorização judicial inicial. Isso significa mais rapidez para afastar o agressor e proteger a mulher.

Impacto real: Agora, uma mulher ameaçada pode conseguir proteção imediata sem esperar dias por uma decisão judicial.


Reconhecimento da violência digital

A nova legislação reconhece formas de violência digital, como o vazamento de imagens íntimas e perseguições online. Esse avanço é essencial em tempos onde a internet tem sido usada como ferramenta de controle e abuso.


Exemplo: Mulheres que sofrem exposição indevida nas redes sociais agora têm respaldo jurídico para buscar proteção e reparação.


Proteção financeira

A lei foi atualizada para fortalecer os direitos financeiros da mulher, garantindo:


Pensão alimentícia: Para a vítima e seus filhos, quando aplicável.

Proteção do patrimônio: Evitando que o agressor destrua ou retenha bens compartilhados.


Esse suporte é essencial para mulheres em situações de dependência econômica.


Foco na prevenção

A nova Lei Maria da Penha reforça a importância de ações preventivas, como campanhas educativas e treinamento de profissionais de segurança, saúde e assistência social.

Impacto: A educação é uma ferramenta poderosa para evitar que a violência aconteça ou escale.


O papel das Delegacias da Mulher e outros órgãos

Além das mudanças na lei, as Delegacias da Mulher continuam sendo fundamentais no combate à violência doméstica.


Onde buscar ajuda?


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Delegacias da Mulher: Atendimento especializado para registrar queixas e solicitar medidas protetivas.


Ligue 180: Canal de denúncia e orientação disponível 24 horas.


Casas da Mulher Brasileira: Centros integrados que oferecem apoio jurídico, psicológico e social.


Desafios: Apesar de todos os avanços, ainda é necessário ampliar o acesso a esses serviços, especialmente em cidades menores.


Por que essas mudanças são importantes?

As atualizações na Lei Maria da Penha mostram que a sociedade está avançando no combate à violência doméstica. No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir que todas as mulheres tenham acesso aos seus direitos.

Maior rapidez nas proteções: Agora, medidas protetivas podem ser concedidas diretamente pela autoridade policial, agilizando a proteção em casos graves.

Reconhecimento de novas formas de violência: O reconhecimento da violência digital é um passo essencial em tempos modernos.

Garantia de suporte integral: Desde apoio psicológico até proteção financeira, a nova lei oferece um pacote completo de proteção.


Casos práticos que mostram a importância da nova lei


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Caso 1: Violência digital

Ana, de 28 anos, teve fotos íntimas vazadas por um ex-companheiro após o término da relação. Antes das mudanças na lei, seria mais difícil comprovar o crime e obter reparação. Agora, Ana conseguiu uma medida protetiva imediata e está processando o agressor.

Caso 2: Dependência econômica

Maria, de 35 anos, dependia financeiramente do marido, que a ameaçava constantemente dizendo que tudo era dele. Com as atualizações da lei, Maria conseguiu proteção patrimonial e pensão alimentícia, garantindo estabilidade para ela e seus filhos.


A importância de conhecer os seus direitos

A nova Lei Maria da Penha é um grande avanço, mas só terá impacto real se as mulheres conhecerem seus direitos e souberem como agir. Por isso, é essencial buscar informações e compartilhar conhecimento. Se você está vivendo em uma situação de violência ou conhece alguém que precisa de ajuda, saiba que existem caminhos para recomeçar com segurança e dignidade.


Eu sou Clayton Ferreira, advogado especializado em Direito Criminal, Familiar e na Lei Maria da Penha. Dedico minha experiência de mais de 12 anos para ajudar mulheres a romperem o ciclo de violência e recomeçarem suas vidas com justiça.


No meu perfil do Instagram e no canal do YouTube, você encontra conteúdos educativos e apoio prático. E se você precisa de ajuda, clique no link abaixo para falar comigo pelo WhatsApp.


Lembre-se: você não está sozinha. A Lei Maria da Penha está aqui para proteger você, e eu também.

 
 
 

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