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Clayton Ferreira

Quais os pontos mais importantes da Lei Maria da Penha?

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  • 8 de jan.
  • 4 min de leitura

Quais os pontos mais importantes da Lei Maria da Penha?

A Lei Maria da Penha é um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil. Criada em 2006, ela trouxe mecanismos de proteção e justiça que não só salvam vidas, mas também dão suporte às mulheres que enfrentam abusos. Apesar de ser amplamente conhecida, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre os seus principais pontos.

Entender os pilares dessa lei é essencial para garantir que as vítimas saibam como ela funciona, quais direitos são assegurados e como buscar proteção. Neste artigo, quero explicar os pontos mais relevantes da Lei Maria da Penha de maneira prática e clara, sempre com o objetivo de ajudar mulheres a conhecerem seus direitos e recomeçarem suas vidas com segurança.


Ana: o caso de uma mulher que não sabia dos seus direitos

Ana, 32 anos, é mãe de dois filhos e vivia um relacionamento abusivo há anos. Apesar das agressões verbais e físicas constantes, ela acreditava que não tinha saída, pois o marido controlava todo o dinheiro da casa. Um dia, após ser agredida fisicamente, decidiu procurar ajuda em uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

Lá, foi informada sobre a Lei Maria da Penha e os direitos que ela garante. Ana solicitou uma medida protetiva, que afastou o agressor de casa, e teve acesso ao suporte jurídico e psicológico necessário para recomeçar. Hoje, Ana reconstruiu sua vida com dignidade e segurança, graças à força que encontrou ao entender seus direitos.


Os 7 pontos principais da Lei Maria da Penha



A Lei Maria da Penha é composta por diversas medidas e proteções. Aqui estão os pontos mais importantes que você precisa saber:


  1. Definição dos tipos de violência

A lei classifica a violência doméstica em cinco tipos:


Física: Qualquer ação que cause lesão corporal ou sofrimento físico.

Psicológica: Ações que causem danos emocionais, controle ou manipulação.

Moral: Difamação, injúria e calúnia.

Sexual: Obrigar ou forçar relações sexuais.

Patrimonial: Destruição ou retenção de bens, documentos ou dinheiro.


  1. Medidas protetivas de urgência

A vítima pode solicitar medidas que afastem o agressor, proíbam contato ou garantam proteção imediata. Essas medidas são emitidas rapidamente, geralmente em até 48 horas.


  1. Reconhecimento do esforço não remunerado

Mesmo que a mulher não trabalhe fora, o tempo dedicado à casa e à família é considerado uma contribuição essencial. A lei garante direitos iguais aos bens adquiridos durante o relacionamento.


  1. Criação de Delegacias Especializadas

Delegacias da Mulher são locais criados para atender vítimas de violência doméstica de forma mais acolhedora e especializada.


  1. Assistência multidisciplinar

A lei prevê suporte jurídico, psicológico e social para as vítimas. Esse atendimento é feito por meio de programas como as Casas da Mulher Brasileira e a Defensoria Pública.


  1. Denúncia facilitada

O Ligue 180 é um canal de denúncia gratuito e disponível 24 horas. Ele também orienta as vítimas sobre os próximos passos.


  1. Penas mais rígidas para agressores

A legislação garante que os agressores sejam responsabilizados, com penas que incluem prisão e acompanhamento psicológico.


Órgãos públicos que ajudam na aplicação da Lei Maria da Penha



No Brasil, vários serviços foram criados para garantir que as mulheres tenham acesso à proteção e aos seus direitos. Conheça os principais:


Delegacias da Mulher (DEAMs): Locais especializados para registrar denúncias e solicitar medidas protetivas.


Ligue 180: Canal gratuito de orientação e denúncia, disponível 24 horas.


Casas da Mulher Brasileira: Espaços que oferecem assistência psicológica, jurídica e social.


Defensoria Pública: Garantia de acompanhamento jurídico gratuito para vítimas em situação de vulnerabilidade.


Centros de Referência: Locais que integram serviços de proteção e assistência à mulher.

Esses órgãos são essenciais para quem busca ajuda, e conhecer cada um deles pode fazer toda a diferença no enfrentamento da violência.


Reflexão: Por que tantas mulheres não conhecem a lei?

Mesmo sendo um marco legal, a Lei Maria da Penha ainda é desconhecida por muitas mulheres. Isso acontece por diversos motivos:


• Falta de acesso à informação em comunidades vulneráveis.

• Medo de denunciar, muitas vezes devido a ameaças do agressor.

• Baixa confiança nas instituições responsáveis pela aplicação da lei.

É importante que todos nós, como sociedade, ajudem a disseminar essa informação. Quanto mais mulheres souberem dos seus direitos, menos espaço haverá para a violência.


O que fazer se você precisar da proteção da lei?



Se você identificou que está vivendo uma situação de violência doméstica, aqui estão os passos que você pode seguir para buscar proteção pela Lei Maria da Penha:


  1. Denuncie: Procure uma Delegacia da Mulher ou ligue para o 180. O registro da ocorrência é o primeiro passo para garantir proteção.


  2. Solicite medidas protetivas: Essas medidas afastam o agressor e protegem você e sua família.


  3. Busque apoio jurídico: Caso não tenha condições financeiras, a Defensoria Pública oferece assistência gratuita.


  4. Cuide da sua saúde mental: Procure apoio psicológico. O processo de sair de um relacionamento abusivo pode ser desafiador, mas você não precisa enfrentá-lo sozinha.


Conclusão

A Lei Maria da Penha é mais do que uma legislação; é uma ferramenta de transformação e proteção. Ela garante que mulheres em situação de violência tenham voz, direitos e segurança para recomeçar suas vidas.

Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, saiba que existem caminhos e pessoas dispostas a ajudar.


Eu sou Clayton Ferreira, advogado especializado na Lei Maria da Penha e Direito Penal. Estou aqui para oferecer o suporte necessário para que você possa viver sem medo e com dignidade.


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Você merece segurança e justiça. Vamos juntas transformar essa realidade.

 
 
 

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